Justiça de gênero

“Assim Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1.27).

“Ora, tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Coríntios 5.18).

Cada pessoa é criada à imagem de Deus para viver em comunhão, numa relação de dignidade e amor. A dignidade de cada pessoa e a igualdade entre elas são estabelecidas por Deus. Entre os seres humanos não pode haver distinção de superioridade e inferioridade.

O ser humano recebeu de Deus a liberdade para promover vida e comunhão, mas, infelizmente, essa liberdade foi usada para se afastar da vontade divina (Gênesis 3). O afastamento produziu o pecado e o rompimento da comunhão com Deus. O pecado gerou desigualdades e injustiças que corrompem as relações entre as pessoas e das pessoas com o restante da criação.

Um dos exemplos de rompimento da comunhão é o predomínio do homem sobre a mulher, que suscitou discriminação, violências e outras formas de opressão. Entretanto, a boa notícia é que a morte de Jesus Cristo quebrou o poder do pecado. Em Cristo, somos nova criatura (2 Coríntios 5.15,17). Esta nova criação é obra da reconciliação promovida por Deus.

A reconciliação de Deus possibilita comunhão de relações dignas e justas (Gálatas 3.28). A tarefa que temos, a partir da fé, é promover relações justas, que valorizam a participação igualitária nos espaços da vida comunitária e fora dela, que buscam a superação de injustiças e desigualdades. Para auxiliar neste processo, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), possui uma Política de Justiça de Gênero.

Entendemos que uma Política de Justiça de Gênero é expressão da reconciliação de Deus, do compromisso de fé e resposta ao Evangelho de Jesus Cristo.